LIVE: Empresária Luiza Trajano fala sobre políticas de gênero

Em live da Bancada Feminina, empresária Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho do Magazine Luiza, uma das maiores redes de varejo do Brasil, foi a convidada da Bancada Feminina da Assembleia Legislativa para participar de uma live nesta segunda-feira (11). O tema foi a política de gênero implantada na empresa comandada por Luiza.

A empresária é uma das fundadoras e atual presidente do projeto Mulheres do Brasil. O grupo foi criado em 2013 e hoje conta com uma rede de mais de 104 mil mulheres, que atuam em diversas cidades ao redor do mundo. Ele trabalha em comitês que incentivam a valorização da mulher no mercado de trabalho, criam iniciativas de combate à violência contra a mulher, além de ações focadas na promoção de igualdade racial, inclusão de pessoas com deficiência, idosos e refugiados.

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“São as políticas públicas que geram mudanças. Principalmente no que diz respeito à violência contra a mulher. Precisamos de políticas públicas para realmente acabar com a realidade de que a cada duas horas uma mulher é morta no Brasil. Porque é ruim para todo mundo. Não há ninguém que saia ganhando nessa cadeia. Marca os filhos para o resto da vida”, defendeu Luiza.

Luiza contou as estratégias usadas na empresa como política de gênero e apoio às mulheres. “Eu sou muito preocupada com isso. Há 20 anos, nós criamos o projeto “Cheque mãe”. Toda mulher que trabalha aqui ganha um cheque para poder pagar a vizinha, a mãe, ou qualquer outra pessoa que cuide dos filhos dela enquanto ela trabalha.”

Outras iniciativas
A empresa também criou o Canal da Mulher. Trata-se de um disque-denúncia que atende funcionárias por meio do site, e-mail ou telefone 24 horas. Os registros podem ser feitos pela vítima ou por qualquer pessoa que tenha notado que algo vai mal com um colega.

A partir da denúncia, uma equipe de três psicólogas faz contato e conversa diretamente com a possível vítima. O objetivo é, em um primeiro momento, entender detalhes e conferir se realmente se trata de violência doméstica. Em caso positivo, o passo seguinte consiste em oferecer orientação emocional. Desde que o programa foi criado, em 2017, houve 250 registros e nenhuma mulher morreu depois da denúncia.

Outra iniciativa adotada pelo Magazine Luiza para combate à violência contra a mulher foi a inclusão, no aplicativo para celular Magalu, do botão para denúncias de agressões. Quando acionado, o botão direciona para o canal de denúncias 180, do Governo Federal.

Alesc no apoio às mulheres
Coordenadora da Bancada Feminina da Assembleia Legislativa, a deputada licenciada Luciane Carminatti (PT) lembrou que o Parlamento catarinense também está atento à realidade da violência de gênero. Nos últimos anos, foram criadas ferramentas dentro do Poder Legislativo para reforçar o enfrentamento a esse problema. Uma delas é o Observatório da Violência contra a Mulher (OVM-SC), também coordenado por Luciane.

“O observatório tem um espaço na Assembleia Legislativa e um comitê formado por representantes do Ministério Público, Tribunal de Justiça, Governo do Estado, Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, OAB, Defensoria Pública, UFSC e apoio da Federação Catarinense dos Municípios. Esse comitê discute todo o cruzamento sobre casos de violência contra a mulher no estado para elaborar ações e políticas públicas.”

A Assembleia Legislativa também criou a Procuradoria da Mulher. O órgão tem o propósito de receber e encaminhar aos órgãos competentes denúncias de violência e discriminação contra as mulheres. A procuradoria é atualmente comandada pela deputada Ada de Luca (MDB).

Daniela Legas
AGÊNCIA AL

Política de Gênero na Iniciativa Privada – Bancada Feminina e Luiza Helena Trajano

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