Ser Mulher no Brasil é Desesperador! Pela Professora Alice Bianchini

Três pesquisas recentes mostram a desesperadora realidade das mulheres no Brasil – principalmente no que diz respeito ao exercício profissional.

A 1ª edição do “Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios” – que atende a Lei 14.611/2023, sobre igualdade salarial entre homens e mulheres – mostra que elas recebem 19,1% a menos que eles. A remuneração média é de R$ 5.387,00. Mais de 49 mil empresas com mais de 100 funcionárias/os enviaram relatórios.

Outros dados que chamam atenção estão nos cards!

30,5% da renda mensal das mulheres é destinada para pagar empréstimos e dívidas. É o que mostra um estudo Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com 18 mil entrevistados/as.

No caso dos homens, a porcentagem é de 30,3%. Entretanto, o total das mulheres é o maior desde maio de 2021. Atualmente, 69% dos/as brasileiros/as acredita que as mulheres devem ser responsáveis por cuidar de recém-nascidos/as. A realidade foi apontada em pesquisa Datafolha, feita com mais de 2 mil pessoas em 147 cidades do Brasil.

A partir desse apanhado de informações é possível compreender a disparidade entre homens e mulheres no Brasil – no mundo, diga-se de passagem. As profissionais mulheres possuem remunerações menores, o que piora caso sejam negras, e ainda são colocadas no papel de cuidadoras após o nascimento de uma criança. E os homens? Recebem melhores salários e são presença secundária na vida de recém-nascidos!

Existem barreiras sistêmicas marcadas por remunerações inadequadas, sobrecarga de responsabilidades e discriminação de gênero. Precisamos combater diariamente essas barreiras. Só assim, podemos sonhar com um futuro de equidade de gênero em todos os setores da vida humana.

Fonte: @professoraalice